Imagine paisagens paradisíacas, lugares onde a natureza impera e permanece quase intacta. Imagine destinos nos quais circula um número limitado de pessoas, mas todos têm o direito de conhecê-los. Imagine lugares onde há o equilíbrio econômico entre consumo e conservação. Eles existem e são destinos de Turismo Sustentável, como o Abismo Anhumas.
“Um empreendimento sustentável olha além de seu umbigo, ciente de que sua existência afeta o local onde está, os lugares de onde vêm as matérias primas, as pessoas de ambos os lugares, seus funcionários, seus consumidores e seus parceiros. Ou seja, gerir uma empresa sustentável significa cuidar, olhar, observar e intervir nessas esferas todas, sendo lucrativa e justa”, explica a consultora em sustentabilidade Lucila Egydio.
Assim, é importante ressaltar que sustentabilidade vai além de somente dinheiro, menos ainda se restringe a meio ambiente. Tem, acima de tudo, a ver com o respeito e o reconhecimento de que todos os seres do planeta têm o direito à existência saudável e equilibrada, inclusive as próximas gerações.
Por isso, quando falamos em Turismo Sustentável abrangemos três eixos: ambiental, social e econômico. Mas eles estão tão ligados que ficaria até difícil separá-los por item, uma vez que, em seu ciclo, um beneficia o outro e outro beneficia um, garantindo o equilíbrio deles entre si.
Dada a devida introdução, você deve estar se perguntando onde o Abismo Anhumas entra nisso, né? Pois bem! Abaixo uma lista de iniciativas (embora não todas) que nos fazem referência internacional.
- Faz parte pólo turístico Bonito/MS (referência nacional e mundial pela prestação de serviços turísticos locais, além do controle do número de visitantes nos passeios. Modelo baseado na participação de todos os segmentos do trade, com benefícios mútuos).
- Zela pelo cuidado requerido com uma caverna, que pressupõe observar aspectos de sustentabilidade ambiental que são muito específicos.
- Tem um plano de manejo, incluindo todo o desenho da operação, que respeita os princípios de conservação da caverna, observando o mínimo impacto aceitável.
- O desenho do que é feito com os turistas também tem a preocupação de impacto mínimo. Caminhar na parte seca da caverna já foi possível, hoje já não é. Tudo é muito dinâmico e é ajustado ao longo do tempo.
- Mantém diálogo com o órgão ambiental do estado e o CECAV (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas), que definem os documentos e as exigências para renovar a licença de operação e fazer o monitoramento ambiental para seguir operando.
- Limita o número de visitantes por dia (por conta da capacidade de carga),
- Pratica atividades de educação ambiental,
- Faz o levantamento de fauna,
- Coleta água do lago do Abismo para monitoramento hidrológico,
- Gerencia os resíduos sólidos da caverna.
- Mantém técnicas construtivas adotadas para redução de impacto e também os banheiros químicos instalados na operação
- Reduz ao máximo o consumo de energia elétrica também no escritório, estruturado para melhor absorver e utilizar iluminação e ventilação naturais, reduzindo, assim, o consumo de energia.
- Há a consciência do uso máximo de equipamentos em geral. Computadores substituídos, ou são doados ou passam para áreas onde a necessidade pode ser atendida por máquinas mais lentas ou antigas. Evita-se o desperdício.
- É certificado pela ABNT em Sistema de Gestão de Segurança.
Para a UNESCO – que determinou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento – o turismo sustentável requer novas parcerias para melhor educar e informar. Assim estimula novos comportamentos e fortalece o comprometimento entre todos os envolvidos, inclusive você turista.
Por isso, venha nos visitar e praticar a maior aventura do Brasil, com a certeza de que a sua visita também é muito importante para manter todo esse ciclo em equilíbrio!